3 de abril de 2019

A PF (Polícia Federal) investiga se as armas encontradas no paiol do sargento PM reformado Ronnie Lessa – apontado pela DH (Delegacia de Homicídios) como o assassino da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes – foram usadas em outros ataques cometidos pelo Escritório do Crime, milícia carioca especializada em praticar assassinatos sob encomenda.

As suspeitas foram reforçadas com a constatação de que as peças descobertas são de fuzil M16, o mesmo modelo usado em execuções de pessoas ligadas à máfia do jogo no estado.

Esses crimes têm em comum, além do tipo de arma utilizada, o fato de que não foram solucionados pela DH e estão sob escrutínio da PF por determinação da PGR (Procuradoria-Geral da República). Há suspeita de que policiais da delegacia especializada recebiam propina para não chegarem aos autores das mortes praticadas por integrantes do Escritório do Crime, chefiado pelo ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano da Nóbrega, que está foragido desde 22 de janeiro passado.

O Escritório do Crime estaria por trás de uma série de assassinatos a soldo de clãs da contravenção. Uma relação promíscua, que foi classificada pelo ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, como uma “aliança satânica”.

Infelizmente, no Rio de Janeiro o nível de promiscuidade entre o crime organizado e a estrutura de segurança pública está acima da média nacional
Ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann

O sargento reformado Ronnie Lessa mantinha estreita ligação com o ex-capitão Adriano e outros integrantes da milícia que atua em Rio das Pedras, comunidade de Jacarepaguá onde Lessa também era sócio em uma academia de ginástica.

A relação entre os dois ex-PMs, segundo as investigações, remonta ao período em que eles “prestavam serviços” ao contraventor Rogério Andrade, sobrinho e herdeiro de parte do espólio do banqueiro do jogo do bicho Castor de Andrade.

Policiais e procuradores do MPF não descartam a possibilidade de que as armas encontradas no paiol secreto de Lessa serem na verdade parte do arsenal do Escritório do Crime.

Casos analisados pela PF
Como os 117 fuzis encontrados em caixas estavam sem os canos, os investigadores tentam encontrar pontos de semelhança entre parte do armamento e imagens captadas por câmeras próximas a locais de crimes. Entre elas, as gravadas pelo circuito de segurança do Hotel Transamérica, onde foi assassinado Haylton Escafura, herdeiro de um dos clãs da contravenção. Ele morreu ao lado da soldado PM Franciene Lima, em junho de 2017. Uol

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Brasil, Policial
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