O dia 4 de dezembro de 2016 ficará marcado na história da cidade de Nova Cruz, município que fica a 93 km de Natal. A população está em luto com a perda do filho mais ilustre, o volante Gil, que vestia as cores da Chapecoense. Vítima do trágico acidente aéreo com a delegação catarinense, que viaja a Medellín, para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, o potiguar José Gildeixon Clemente de Paiva será lembrado por todos.
Após as homenagens em Chapecó, na Arena Condá, neste sábado, o corpo de Gil chegou a Natal às 13h30 deste domingo, em um voo particular. O velório em Nova Cruz será realizado no ginásio Giovanna de Azevedo Targino. Depois de um momento reservado para a família, o local será aberto para o público prestar as últimas homenagens. O enterro está previsto para o fim da tarde.
O jogador morreu aos 29 anos, deixando a mulher, Valdécia, e duas filhas: Lívia, de 5 anos, e Gabriela, de 3. As três moram em Chapecó e foram a Nova Cruz para dar o último adeus ao jogador.
Último contato
Como de costume, Gil telefonou para os pais para pedir a bênção antes da viagem para a Colômbia. O contato foi feito na noite da última segunda-feira. Dona Nina, mãe do jogador, estava dormindo quando o filho ligou. Seu Geraldo, pai do jogador, disse que iria acordá-la, mas Gil recusou e pediu para deixar a mãe descansando. Foi o último contato antes da fatídica tragédia.
– A dor maior da minha mãe é não ter falado com Gil naquele dia. Ela estava dormindo e ele pediu para não acordá-la. É isso que dói mais nela – conta Geraldo Madureira, irmão do jogador, que também foi jogador de futebol.
O acidente de Gil chocou a família. Durante toda a semana, os pais do jogador passaram mal e precisaram ser medicados no hospital da cidade. A chegada de familiares e amigos amenizou a tristeza, mas não o sofrimento de uma família inteira. Ex-companheiros de Gil na época do Coritiba, Robinho e Rafinha estão em Nova Cruz para prestar condolências.