6 de julho de 2017

 

Crédito foto: Alberto Lyra

Nesta semana a Igreja de Sant’Ana, em Salvador, com quase 300 anos de história, reabriu suas portas para apresentar à imprensa o projeto finalizado de reforma e restauro, em andamento desde 2006. Há 11 anos, ao empurrar a pesada porta de madeira para entrar na igreja, o pároco Abel Pinheiro encontrou um cenário desolador. A igreja, com quase 300 anos de história, palco de episódios históricos da Bahia, estava desabando. A situação era de abandono total. Sujeira por toda parte, vazamentos no telhado, água escorrendo, fiação exposta, escadas de acesso interditadas, partes do forro e das cimalhas despencados e com risco de ruir. Vindo de Feira de Santana, no interior do Estado, para assumir temporariamente a igreja, padre Abel lembra que, em meio a profunda tristeza que sentiu, lembrou de Francisco de Assis que ouviu a voz do Senhor, que lhe falara através do Crucificado, na Igreja abandonada de São Damião, em Assis-Itália: “Vai, Francisco, reconstrói a minha Igreja”!

 

Este pensamento alimentou suas ações em todo este período. Com o apoio dos paroquianos, que aos poucos voltavam a participar da vida da igreja, decidiu partir para a luta. Conseguiu criar uma comissão de restauro que desenvolveu um projeto junto ao Iphan da Bahia, que após aprovado, recebeu apoio do BNDES. Em 2009 o banco aportou R$ 2,7 milhões, para a primeira etapa da reforma. No ano de 2014, um novo contrato foi assinado com o BNDES, no valor de 5,4 milhões, em três parcelas, para a conclusão da obra. Todo o trabalho contou também com o apoio de uma empresa baiana – Global Participações em Energia-, que participou da última etapa dos trabalhos de restauração com 10% do valor total previsto.

 

E depois de muita luta, trabalho em conjunto, união da comunidade e de todo período de reformas e restauro, a Igreja de Sant’Ana foi reaberta hoje com toda sua imponência, para os festejos de sua padroeira, que irão se estender por todo o mês de julho. “Já estou emocionado demais. Sempre tive a firme convicção de fé de que a igreja é de Deus e que a Senhora Sant’Ana estava intercedendo por seus filhos e pelo seu Templo. O sentimento que invade a minha alma, agora, é de gratidão a Deus, à Senhora Sant’Ana e a todos quantos estiveram conosco nestes anos de trabalhos exigentes e prazerosos”, desabafa padre Abel Pinheiro. Segundo o superintendente do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, presente ao encontro com jornalistas, para o instituto a satisfação é imensa, em ver um projeto desta grandiosidade ser realizado de forma tão competente e com resultados tão positivos para toda a comunidade.

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Brasil, Religião
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