12 de maio de 2025

 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal confirmou que subiu para 13 o número de pessoas a apresentarem sintomas após consumirem peixe em restaurante em Natal. A SMS, através do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), estão investigando o ocorrido, e aguardam a conclusão da análise das coletas de amostras dos alimentos, que foram enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN). A principal suspeita é que o quadro investigado se trata se uma intoxicação por ingestão de ciguatoxina, conhecida também como ciguatera.

O diretor do DVS, José Antônio, explica que a conclusão da investigação pode ter prazo maior do que os 30 dias anteriormente afirmados, devido à especificidade da investigação. Mas alerta que, do ponto de vista epidemiológico, o mais importante já foi feito: as pessoas que consumiram o peixe foram contatadas. O número de pessoas que haviam consumido o peixe subiu de 33 para 35 pessoas, das quais 34 foram contatadas com sucesso.

“A cada dia nós estamos acompanhando, monitorando essas pessoas. Foi preciso tempo pra contatar cada uma delas, necessitando a disponibilidade dessas pessoas em nos receber, mas por fim agora de fato nós fechamos o número”, explicou. O diretor explica que o fato não passa de uma ocasionalidade, uma vez que a Vigilância assegura que o estabelecimento tomou todas as providências devidas e, principalmente, por a intoxicação se tratar se uma toxina resistente ao calor, não sendo possível a sua quebra através de cozimento ou congelamento.

A ciguatera se dá pela bioacumulação da ciguatoxina no interior dos peixes, que acontece após os animais consumirem algas que contenham a substância. Segundo o DVS, o peixe consumido pelas pessoas que apresentaram os sintomas se trata do peixe da espécie Arabaiana.

O diretor explica que a investigação aponta para o ciguatera devido aos sintomas dos pacientes investigados, mas que ainda é preciso a conclusão da análise das amostras para que seja confirmado. “Pelo quadro, nós já batemos com a literatura: com um período de incubação – que é o período do consumo e do adoecimento -, sendo um período médio de 4 horas, e também pelos quadro neurológicos que algumas pessoas apresentaram”, explica.

Dentre os sintomas do quadro de intoxicação estão sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia, e também manifestações neurológicas como formigamento, inversão térmica e fraqueza muscular. Os sintomas podem durar semanas, embora raramente sejam fatais.

Com relação a variação da gravidade dos sintomas entre os consumidores do alimento, o diretor do DVS explica que diferença se dá devido à mudança de parte do animal consumida, podendo cada parte ter um acúmulo diferente da substância.

porRedação Tribuna do Norte

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: RN, Saúde
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