24 de junho de 2025

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel alcançou uma “vitória histórica” após 12 dias de conflito, mas que ainda precisa concluir sua campanha contra o “eixo do Irã”, derrotar o Hamas e garantir o retorno dos reféns em Gaza. Do lado do Irã, o presidente Masoud Pezeshkian também classificou o desfecho como uma “grande vitória” para Teerã.

As declarações ocorrem sob pressão de Donald Trump, horas após o início de um cessar-fogo, anunciado pelos Estados Unidos na noite anterior e mediado com apoio do Catar. Ambos os países sinalizaram adesão à trégua.

Segundo a imprensa estatal iraniana, Pezeshkian afirmou ainda que a guerra foi “imposta ao Irã pelo aventurismo de Israel”.

Autoridades iranianas informaram que 610 pessoas morreram no Irã devido a ataques israelenses, e outras 4.746 ficaram feridas. Já a Human Rights Activists News Agency, ONG com sede em Washington, contabiliza 974 mortos e 3.400 feridos no país.

Do lado israelense, a retaliação iraniana matou 28 pessoas e feriu mais de 1.400, segundo informações do gabinete do primeiro-ministro. Foi a primeira vez que as defesas aéreas israelenses foram sobrecarregadas por um grande número de mísseis iranianos.

As Forças Armadas de Israel suspenderam as restrições a atividades em todo o país às 20h, horário local (às 17h, no horário de Brasília), e autoridades afirmaram que o aeroporto Ben Gurion, o principal do país, já havia sido reaberto. O espaço aéreo iraniano também será reaberto, segundo informou a agência Nournews, ligada ao Estado.

Cessar-fogo sob tensão

 

No entanto, relatos de novos ataques em Teerã e declarações cruzadas entre os envolvidos colocaram o acordo sob incerteza logo nas primeiras horas.

“Israel tem de se acalmar. Tenho de fazer Israel se acalmar”, disse Trump ao embarcar para a cúpula da Otan, em Haia. Em uma rede social, o presidente dos EUA alertou: “Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação.”

Israel diz que foco agora será Gaza

 

Do lado israelense, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir, afirmou que Israel encerrou um “capítulo significativo” no confronto com o Irã e que as forças israelenses voltarão a concentrar esforços contra o grupo terrorista Hamas.

“Nosso foco agora é resgatar os reféns em Gaza e desmantelar o regime do Hamas”, disse.

 

Israel retomou bombardeios à Faixa de Gaza em março, após uma trégua de pouco mais de dois meses. Apesar de ter liberado ajuda humanitária, há relatos de filas longas e tiroteios nos pontos de distribuição de alimentos.

Por Redação g1

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Internacional, Mundo
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