Laílson Lopes, que até agora não havia esboçado nenhuma reação durante a longa jornada de depoimentos no júri que vai selar seu destino pelos próximos anos, chorou copiosamente ao ouvir o depoimento do pai, seu Luís Silva, décima primeira pessoa a ser interrogada neste dia 10 de abril no salão Siloé Capuxu, em Caicó. Laílson está sendo julgado por suposto envolvimento na morte do jornalista F Gomes, ocorrida em 18 de outubro de 2010.DEPOIMENTO

O pai do Gordo da Rodoviária disse em seu depoimento que Lailson chegou a receber ameaças. “Se ele abrisse  se ele abrisse a boca seria morto”, disse. Seu Luís não quis dizer de onde partiram tais ameaças, mas, afirmou ter tomado conhecimento de que o Pastor Neudo Soares do Amaral, também acusado de ser um dos mandantes da morte F Gomes, foi com uma outra pessoa no presídio onde o filho estava, se passando por advogado do Gordo. Quando o Agente Penitenciário estranhou, dizendo que o advogado era outro, os dois foram embora.O pai de Laílson ainda disse que o filho era bem quisto na cidade, tendo amizade com a maioria das pessoas em Caicó. Reafirmou que Laílson, mesmo se julgando inocente do crime contra F Gomes, nunca pensou em fugir e finalizou dizendo que sente saudades do filho, segundo ele, era seus pés e mãos. Visivelmente emocionado, o réu deixou o salão do júri ainda durante o depoimento do pai.

Diferentemente do julgamento de Dão, que teve seu primeiro dia encerrado às 18 horas, o júri de Laílson Lopes entrou pela noite, devido o grande número de testemunhas arroladas pela acusação e defesa. O resultado só deve sair na tarde desta sexta-feira, 11.v&c