O Amazonas registrou 21,6 mil queimadas só em 2024 e, com isso, o ano já é considerado o pior no número de focos de calor desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a série histórica.
O estado está em estado de emergência ambiental por conta das queimadas. O problema também gerou uma onda de fumaça que atinge todas as 62 cidades amazonenses, incluindo a capital Manaus. Uma mancha de fogo com cerca de 500 de extensão cobriu o estado. A qualidade do ar é muito ruim ou péssima.
Em nota, o Governo do Amazonas disse que, devido à realidade da seca severa que acomete a Amazônia Legal como um todo, os focos de calor tendem a aumentar, considerando a falta de umidade do ar que favorece o alastramento do fogo em áreas de floresta. O governo também disse que tem atuado para combater as queimadas e desmatamento (leia a nota na íntegra ao final).
Segundo o Inpe, de 1º de janeiro até 23 de setembro deste ano, o Amazonas contabiliza o total 21.612 focos de calor – o pior ano desde 1998.
Até então, o pior índice de queimadas no Amazonas tinha sido registrado em 2022, quando o estado contabilizou 21.217 focos de calor. Já em 2023, foram quase 20 mil.
Em 2024, o pior mês até o momento, foi agosto. Foram 10.328 queimadas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Julho também teve o pior mês dos últimos 26 anos, com 4,2 mil focos de calor.
Em setembro, os dados parciais do Inpe apontam que só nos 24 primeiros dias do mês, o estado tem 6.128 incêndios florestais. Só entre os meses de julho, agosto e setembro, são mais de 21 mil queimadas no Amazonas.
Os municípios estão localizados no Sul do estado, conhecido como “arco do fogo”, devido a forte presença da agropecuária.
Na lista constam, ainda, municípios do Pará, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso. São Félix do Xingu, no Pará, lidera o ranking com mais de 7 mil queimadas neste ano. g1
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