Onze pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas durante as manifestações que tomaram ruas de diversas cidades da Venezuela desde segunda-feira (29), segundo ONGs que atuam no país. Dentre os mortos, dois são menores de idade.
Os manifestantes protestam contra o resultado que indicou vitória do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após uma eleição tensa no fim de semana. A oposição e a comunidade internacional pedem a divulgação das contagens completas dos votos, em um processo que Maduro chamou de “tentativa de desestabilização” do país.
María Corina Machado e Edmundo González, da oposição, protestaram junto a uma multidão em frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Caracas na tarde desta terça (30). Durante o ato, a principal opositora de Maduro reiterou que González venceu com 70% dos votos.
“Devemos agir de maneira pacífica. Não devemos cair nas provocações que eles (aliados do governo) nos colocam. O que eles querem é fazer os venezuelanos se enfrentarem. Conseguimos que Edmundo (Gonzalez) obtivesse 70% dos votos. Unimos um país; venezuelanos que antes acreditavam no chavismo estão conosco hoje”, disse Corina Machado.
Segundo a ONG Pesquisa Nacional de Hospitais, que monitora a crise hospitalar e centros de saúde da Venezuela, uma das mortes ocorreu em Caracas, outras duas em Aragua, no centro do país, e uma quarta na região de Yaracuy, no noroeste.
A ONG Foro Penal venezuelano afirma que 11 pessoas morreram pelo país em decorrência dos protestos: uma pessoa em Aragua, uma em Táchira, duas em Yaracuy e duas em Zulia.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, pelo menos 749 pessoas foram detidas em protestos no país contra Maduro desde as eleições, no domingo (29).
Por g1