O Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, e a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (Caop Criminal), promotora de Justiça Luciana Andrade D’Assunção, concederam entrevista coletiva à imprensa, na tarde dessa terça-feira (26), para apresentar o primeiro relatório quadrimestral do projeto institucional para combate a subnotificação de homicídios no Rio Grande do Norte.
De janeiro a abril deste ano, o relatório mostrou 550 vítimas de execução nos municípios monitorados. Desse total, apenas 135 chegaram até o Judiciário após instauração de inquérito policial. Para se ter ideia da diferença entre os crimes registrados e os subnotificados, no ano passado foram abertos inquéritos para investigar 299 homicídios e encaminhados à justiça, enquanto 1.600 crimes de execução não passaram por qualquer tipo de registro e investigação.
A situação mais grave se dá nos mais populosos municípios do Estado; só em Natal já foram registrados 200 homicídios sem inquérito, em Mossoró 60 e Parnamirim, 41, em relação aos quatro primeiros meses de 2014.
Em Caicó foram sete homicídios de janeiro a abril deste ano cujo os inquéritos não foram concluídos, quase que a totalidade destes ocorreram na zona oeste e com uso de arma de fogo. Todos os sete mortos são homens com idade entre 16 e 25 anos.