30 de dezembro de 2020

Aposta do governo federal para iniciar a imunização no Brasil, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford deve ter o primeiro lote entregue pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em fevereiro ao Ministério da Saúde.
A vacina ainda não começou a ser produzida e a Fiocruz, além do aval da Anvisa, aguarda a chegada de insumos para iniciar a produção – que será escalonada e ajustada ao longo do mês.

Na terça-feira (29), o Ministério da Saúde estimou que a vacinação no Brasil comece entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, a depender do registro na Anvisa. A vacina de Oxford/AstraZeneca é a única que o país comprou. Há ainda memorandos de entendimento, sem contrato firmado, para a compra das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Coronavac.
Resumo do cronograma:
9 de janeiro: Previsão de chegada do insumo para fabricação pela Fiocruz
15 de janeiro: Entrega da documentação final pela Fiocruz à Anvisa
De 15 a 25 de janeiro: Prazo para análise pela Anvisa
De 8 a 16 de fevereiro: Entrega do primeiro 1 milhão de vacinas aos Ministério da Saúde

Vacina de Oxford tem eficácia de 70% com 21 dias após 1ª dose

Há duas semanas, o Ministério da Saúde anunciou que estava previsto receber 15 milhões de doses compradas da vacina de Oxford em janeiro, e outras 15,2 milhões em fevereiro. O número é do lote de vacinas comprado de fora, anunciado no fim de junho.
Início da produção

A Fiocruz informou que a vacina ainda não começou a ser produzida pela instituição. Ainda assim, foi divulgado pela fundação que o primeiro lote com 3,5 milhões de doses deve ser entregue entre os dias 8 e 16 de fevereiro ao Ministério da Saúde.
No “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, divulgado pelo governo federal no dia 16 de dezembro, foi previsto que o Brasil iria adquirir 100,4 milhões de doses da vacina até julho do próximo ano e dispusesse de cerca de 110 milhões de doses produzidas no Brasil, entre agosto e dezembro de 2021. Essa previsão foi mantida pela Fiocruz.
A aprovação da vacina pelo Reino Unido, também nesta quarta-feira, acabou antecipando as expectativas sobre a produção da Oxford/AstraZeneca.

A coordenadora dos estudos da vacina no Brasil disse que, com a autorização no Reino Unido, o uso emergencial da vacina já poderia ser solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Anvisa informou, em nota, que o pedido de uso emergencial deverá ser feito pela Fiocruz. A documentação, segundo a presidente da fundação, será entregue até o dia 15 de janeiro.
Chegada de insumo

A Fiocruz também informou que, para começar a produzir a vacina, a instituição espera a chegada do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da Oxford/AstraZeneca. Segundo a fundação, está previsto que o item chegue no dia 9 de janeiro no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, Zona Norte do Rio.
Assim que o item for entregue à fundação, a estimativa do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, é de que a entidade consiga produzir 30 milhões de doses até o final de fevereiro.
“Com a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo [IFA] em janeiro, podemos contar com a liberação pela Fiocruz de aproximadamente 10 milhões de doses em um processo contínuo durante o mesmo mês, chegando a uma produção acumulada de aproximadamente 30 milhões de doses no final de fevereiro, continuamente liberadas em março, em um processo dinâmico de entregas”, explica

Início da distribuição

A distribuição da Oxford/AstraZeneca, informou a Fiocruz, seguirá o definido no Plano Nacional de Imunização.
No “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, consta que a aplicação do imunizante será primeiro em grupos prioritários, e distribuída em três fases.
Primeira fase: Trabalhadores de saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; população indígena aldeado em terras demarcadas aldeada, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas.
Segunda fase: Pessoas de 60 a 74 anos
Terceira fase: Pessoas com diabetes mellitus; hipertensão arterial grave; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido; anemia falciforme; câncer; obesidade grave.

Nessas três fases, o governo estima que sejam vacinados quase 50 milhões (49.650.255) de brasileiros.

Entrega ao Ministério da Saúde

A Fiocruz projeta que a entrega de 3,5 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde ocorrerá entre os dias 8 e 16 de fevereiro.
Considerando o prazo de 10 dias para a Anvisa analisar as informações do pedido, em tese, caso a Fiocruz entregue a documentação no dia 15 de janeiro, a permissão para produzir a vacina pode sair no dia 25 daquele mês (ou antes).

Entretanto, a instituição esclareceu que os imunizantes não serão entregues antes do período entre 8 e 16 de fevereiro porque não ficarão prontos. Isso porque há um processo de fabricação que envolve a diluição do IFA e envase das vacinas.

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Brasil, Saúde
FAO
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