29 de agosto de 2021
O estado do Rio de Janeiro vive uma situação singular desde que a pandemia começou.
Por um lado, há o otimismo com o avanço da vacinação: muitas cidades já aplicaram a primeira dose contra a Covid-19 em praticamente toda a população adulta.
Por outro, existe uma apreensão com a chegada e o rápido espalhamento da variante delta do coronavírus e o crescimento do número de internações por infecções respiratórias, o que liga o sinal de alerta das autoridades e ameaça os planos de reabertura.

“Os dados mostram um aumento recente das hospitalizações entre os grupos mais velhos. Isso está acontecendo em outros lugares, mas, no Rio de Janeiro, a situação está pior”, avalia o pesquisador Leonardo Bastos, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
“As últimas estatísticas sugerem que algo diferente está acontecendo no Estado, mas ainda não sabemos exatamente o que é”, completa.
O infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vê essa mudança de cenário acontecer na prática.
“Recentemente, houve um aumento na demanda por internação por Covid-19, especialmente entre idosos e profissionais da saúde”, relata.
“Isso era uma coisa que não víamos com essa frequência havia um bom tempo”, complementa o especialista, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Mas o que está por trás dessa piora? E será que o mesmo pode se repetir ao longo dos próximos meses em outros Estados e regiões do país?
Crise fluminense
Após um primeiro semestre de 2021 bastante complicado, marcado por uma segunda onda devastadora, o Rio de Janeiro viveu, entre maio e julho, uma tendência de queda nos números da pandemia.
Um cenário parecido, aliás, ocorreu no restante do país, com uma redução considerável nos diagnósticos, nas internações e nas mortes pela doença nesse mesmo período.
Mas há dois detalhes importantes nessa história, que valem tanto para o estado fluminense como para o Brasil todo. Primeiro, as notificações permaneceram muito altas, mesmo no período de calmaria recente, com dezenas de milhares de casos e centenas de óbitos todos os dias.
O segundo ponto é que, de acordo com o Boletim InfoGripe, publicado periodicamente pela FioCruz, a taxa de transmissão de vírus respiratórios seguiu extremamente elevada em boa parte do território brasileiro, mesmo no momento de maior tranquilidade.
Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Brasil, Saúde
FAO
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