A doméstica Maria Soares Braga está com os sintomas há uma semana, piorou e agora sabe que é dengue.
“Dor, febre, dor no olho… Eu estou sem comer direito, estou com muita dor no corpo, muita dor mesmo. Parece que vai explodir”, conta.
O governo do Distrito Federal armou nove tendas em lugares estratégicos para atender a população com ajuda do Corpo de Bombeiros e do Exército. O atendimento consiste em uma triagem, verificação de temperatura e pressão, o teste rápido e a prova do laço, para ver se há manchas no corpo, que é um dos sintomas da dengue.
O resultado do teste rápido sai em dez minutos. Dependendo da situação, o atendimento é no local mesmo: soro na veia. Os casos mais graves seguem de ambulância para uma UPA ou, em última instância, para um hospital.
O Distrito Federal lidera o ranking de incidência de casos prováveis da doença e já decretou situação de emergência, assim como Minas Gerais, Acre e alguns municípios de Goiás.
Em Rio Branco, agentes têm aplicado o fumacê para combater o mosquito. Em Belo Horizonte, a prefeitura está usando drones para aplicar veneno em locais de risco. Em Curitiba, a população foi convocada para um mutirão de limpeza.
As autoridades estão preocupadas não só com esses estados, mas com a situação do Brasil inteiro. Mal começou o ano e já houve uma explosão de casos: são mais de 217 mil casos prováveis de dengue no Brasil nas quatro primeiras semanas, mais do que o triplo do mesmo período de 2023.
Quinze mortes foram confirmadas em 2024; outras 149 estão sendo investigadas. Nesse mesmo período, em 2023, foram 41 mortes.
A situação é ainda mais alarmante porque, historicamente, os meses com maior número de casos de dengue são março, abril e maio.
Nesta terça-feira (30), em reunião com organizações e conselhos representantes de estados e municípios, a ministra da Saúde reforçou a importância de todos se envolverem no enfrentamento da doença. g1-RN