No Brasil temos uma sociedade democrática que, em tese, se apoia no binômio: liberdade de ação e obrigação de respeitar. Se esse princípio fosse levado a cabo, certamente ter-se-ia uma sociedade mais harmônica, com as relações interpessoais marcadas pelo respeito, pela semelhança de propósitos, com mais segurança e tranquilidade para se viver. Porém, na prática, o que se vê é a convergência em busca dos direitos e, por outro lado, a falta de consciência de uma grande parte da sociedade acerca da obrigação de respeitar o próximo e as regras sociais, resultando daí a violência desenfreada que se verifica no dia-a-dia.
Diante deste quadro, cabe ao Estado Brasileiro impor a ordem pública para restabelecer a harmonia nas relações interpessoais, o que não vem acontecendo em virtude de interesses escusos dos governantes e também, é bom que se diga, de alguns líderes de segmentos sociais.
Muita gente ainda não se deu conta, mas esta situação social desregrada está motivando iniciativas apologéticas ao regime militar que tanto mal praticou contra as garantias individuais aqui mesmo no Brasil num período não tão distante. Todavia, do mesmo modo que não queremos perder o direito de liberdade, também é necessário o estabelecimento da consciência coletiva do dever, pois liberdade (direito) sem dever não sustenta sociedade alguma. As pessoas de bem não podem continuar pagando muitas vezes com a própria vida por essa liberdade em virtude da falta de consciência coletiva de um lado, e do outro, da omissão do Estado Brasileiro. É preciso ação enérgica do Estado já! Prisão Perpetua ou Pena de Morte são situações que precisam ser levadas a efeito para coibir a violência praticada por aqueles indivíduos que não tem consciência do dever. Ou encaramos isso com a seriedade que a situação requer ou haveremos de perder o direito de liberdade num curto lapso temporal. É o que penso!