Uma idosa de 90 anos que trabalhava como doméstica em uma casa no Grajaú, na Zona Norte do Rio, foi resgatada por uma força-tarefa que envolve o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério Público do Trabalho e Emprego e agentes da Polícia Federal. O resgate aconteceu no dia 22 de agosto, após uma denúncia anônima.
Segundo os órgãos envolvidos, a vítima é a trabalhadora doméstica mais idosa encontrada em condição de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Ela não tinha nenhum vínculo trabalhista registrado.
A idosa, que não teve o nome divulgado, trabalhava para a família há 50 anos, e como empregada doméstica há 16 anos. Ela também cuidava de outra idosa, de mais de 100 anos, que é mãe da sua antiga empregadora.
Ela trabalhava, de acordo com a fiscalização, em condições análogas à escravidão, com direito a jornada exaustiva, e não voltava para sua própria casa desde dezembro de 2022.
O Ministério Público do Trabalho firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os empregadores para regularizar questões trabalhistas e previdenciárias. Auditores fiscais calcularam as verbas rescisórias em R$ 30 mil.
A Polícia Federal seguirá com as investigações das infrações penais cometidas.
Operação Resgate III
A operação Resgate III foi tema de uma coletiva de imprensa em Brasília nesta terça-feira (5) e reuniu órgãos de combate ao trabalho escravo para diversos resgates.
No total, foram 532 resgatados em todo o país, sendo 9 no Rio de Janeiro, só em agosto de 2023.
Ao todo, mais de 70 equipes de fiscalização participaram de 222 inspeções em 22 estados e no Distrito Federal.G1
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