Além do impacto imediato nas negociações de um cessar-fogo em Gaza, a morte de Ismail Haniyeh alimentou o temor de uma escalada bélica de consequências imprevisíveis.
O poder bélico do Hamas tem a digital do governo iraniano, que treina e financia o grupo terrorista. Nesta quarta-feira (31), o líder supremo, Ali Khamenei, declarou que é dever do Irã vingar a morte do chefe do Hamas e que Israel abriu caminhos para o que chamou de “punição severa”. O governo israelense não se manifestou sobre a morte de Haniyeh.
Em entrevista ao Jornal Nacional, a pesquisadora de política iraniana da London School of Economics Anahita Rad avalia que pode haver uma reação dura do Irã e uma intensificação do conflito.
A morte do chefe do Hamas repercutiu intensamente no Oriente Médio. Os rebeldes houthis, no Iêmen, e os extremistas do Hezbollah, ambos aliados dos terroristas do Hamas, declararam que vão retaliar.
Governos do Líbano, Egito, Turquia, Omã e Jordânia criticaram o atentado e disseram que temem a expansão do conflito. O Catar, que faz a mediação de um cessar-fogo em Gaza e onde fica o escritório político do grupo terrorista Hamas, expressou receio sobre o futuro do acordo de paz na Faixa de Gaza.g1