16 de outubro de 2022

As mortes de adolescentes por overdose nunca foram tão altas nos EUA. Os jovens americanos são cada vez mais afetados pelo fentanil, um medicamento da classe dos opioides.

Mais de 100 mil americanos morreram de overdose no ano passado — a grande maioria deles adultos. Mas o grupo que apresentou um maior crescimento na taxa de óbitos por esse motivo foi justamente o de adolescentes.

A família de Melanie Ramos sabe muito bem disso. A menina de 15 anos morreu dentro do banheiro de sua escola no mês passado, depois de tomar um comprimido que continha fentanil.

Ramos e uma amiga pensaram que estavam ingerindo oxicodona e paracetamol. Mas as pílulas falsificadas foram misturadas com fentanil — e ela acabou intoxicada.

“Ela era uma menina linda e doce, com pais trabalhadores”, relatou Oscar, tio dela, durante uma vigília à luz de velas nos degraus da escola Bernstein High School, onde amigos e familiares rezaram em espanhol e colocaram flores em um santuário criado para Ramos.

O fentanil normalmente é contrabandeado para os Estados Unidos por cartéis de drogas mexicanos.

Embora costumasse ser misturado com drogas mais pesadas, como a heroína, os cartéis agora produzem em massa pílulas de fentanil nas cores do arco-íris para imitar comprimidos comuns e, de acordo com especialistas, para atingir crianças que ficam mais dispostas a experimentá-las.

Em Los Angeles, uma série de mortes por overdose tem preocupado as autoridades. Na quarta-feira (12/10), o Estado da Califórnia apreendeu 24 quilos de pó de fentanil — o suficiente para fazer 250 mil pílulas — como parte de uma operação liderada pelo Departamento de Justiça.

Mas o problema se estende pelos EUA. Em Nova York, na semana passada, as autoridades apreenderam 15 mil pílulas coloridas escondidas em uma caixa de brinquedos Lego.

Os Estados Unidos são uma exceção quando se trata de overdoses, com uma taxa de mortalidade 20 vezes maior do que a média global.

“Infelizmente, somos de longe os líderes mundiais em mortes por overdose”, lamenta Joseph Friedman, pesquisador da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Internacional, Mundo, Saúde
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