Sem saber ao certo como será o financiamento das candidaturas de prefeitos e vereadores em 2016, presidentes e tesoureiros de partidos ainda buscam uma alternativa depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas privadas. Lideranças ouvidas pelo GLOBO especulam que candidatos mais ricos, com capacidade de se autofinanciar, os que estão no poder e têm a máquina partidária e os ligados a sindicatos com muitos filiados devem sair ganhando. Alguns partidos ainda apostam que a aprovação da emenda constitucional que permite o financiamento de empresas, já votada pela Câmara, poderá resolver o problema.
Os partidos políticos ainda estão atônitos com a decisão do STF de proibir a doação de empresas a partidos e candidatos. O líder do PMDB no Senado e tesoureiro nacional da sigla, Eunício Oliveira (CE), disse que a decisão deveria ter sido complementada com outras medidas. Para o líder do PMDB, para ter efeito, a regra deveria ser acompanhado do fim da reeleição e desincompatibilização de quem está no cargo seis meses antes do pleito.
— Do jeito que está, só vai beneficiar quem está no poder, quem tem a máquina. Acredito ainda que desaparece a arrecadação dos partidos, porque no Brasil não há tradição de doações de pessoa física (em grande volume) — disse Eunício.
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