18 de fevereiro de 2024
Os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, usaram barras de ferro (vergalhões) que tiraram da própria parede das celas para aumentar o buraco que usaram para escapar. A dupla enrolou o uniforme azul na barra de ferro para fazer menos barulho.
Segundo pessoas ligadas à investigação, por estarem no Regime Disciplinar Diferenciado (RRD), Rogério Mendonça e Deibson Nascimento não saem nem para o banho de sol —que acontece em um solário individual dentro da cela.
Além disso, as celas, neste caso, não passavam por vistoria diária.
O blog apurou que as paredes da celas estavam danificadas pela umidade. Isso porque os locais não passavam por manutenção havia muitos anos.

As barras de ferro foram transformadas pelos presos nas ferramentas usadas para perfurar uma abertura na esquadria onde havia uma luminária, entre o espaço e a cela, cujas dimensões originais eram de 20x70cm.
Veja o que se sabe sobre o caso
Os dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró na Quarta-Feira de Cinzas (14). Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima.
Ambos, Rogério e Deibson, são do Acre e estavam em Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar – preso na mesma unidade – e foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após se envolverem em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. A rebelião resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.
Segundo informações apuradas por César Tralli, perícias da Polícia Federal (PF) realizadas na penitenciária após a fuga, indicam que os presos fugiram após perfurar uma abertura na esquadria entre uma haste que liga as celas.
Confira o passo a passo da fuga, segundo a perícia da PF:
A fuga foi executada através de uma haste que conectava as celas;
Os detentos conseguiram acesso a esta haste ao perfurar uma abertura na esquadria entre a haste e a cela, cujas dimensões originais eram de 20x70cm;
Para ampliar essa abertura, os detentos precisaram quebrar o concreto armado utilizando os objetos artesanais encontrados na cela;
Na haste há uma escada metálica que dá acesso à laje de cobertura do prédio;
Acima dessa laje existe apenas um teto com telhas de fibrocimento, que foram afastadas, possibilitando com que os detentos tivessem acesso à cobertura da edificação;
Havia um poste próximo da cobertura por onde supostamente eles teriam descido;
Próximo à abertura do alambrado pelo qual os detentos fugiram, há um canteiro de obras. O ponto em que desceram está a cerca de 75 metros dessa abertura do alambrado;
Durante o trajeto que supostamente percorreram, havia uma câmera de segurança que, conforme relatado, não estava funcionando;
Os refletores do poste mais próximo do local da fuga estavam desligados devido ao disjuntor estar desativado;
Além disso, os refletores externos mais próximos da área da fuga não estavam funcionando.
Não há informações nem sobre haver alguém esperando do lado de fora da penitenciária para resgatá-los nem sobre a quantidade de agentes penitenciários atuando na unidade no momento da fuga.

Por Julia Duailibi, Matheus Moreira, GloboNews

Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Brasil, RN
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