Com base em levantamentos realizados no Rio Grande Norte, 129 municípios apresentam situação de risco para o Aedes aegypti, com índices críticos de infestação. As cidades que mais preocupam ficam na região do Trairi. Nesses locais, para controlar a população do mosquito adulto, a vigilância chegou a usar o chamado carro fumacê, que aplica inseticida em determinados horários e ciclos pré- estabelecidos.

A coordenadora do Programa Estadual de Arboviroses, Dinara Alves, diz que os números mostram que não é hora de relaxar nos cuidados. “A prevenção das arboviroses deve ser desempenhada por todos, pela população, pelos gestores, pelos profissionais de saúde, por cada cidadão.”

A gerente orienta os moradores do estado, em especial aqueles que vivem na região do Trairi, área mais crítica no estado, a ficarem de olho em focos de água parada, olhar quintais e caixas d’água com atenção especial.

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.