11 de julho de 2022
O policial penal Victor Hugo de Souto Valença é o principal suspeito de matar duas pessoas em Natal, balear outra e sequestrar uma quarta vítima no último sábado (9). A identificação do suspeito foi confirmada pela Polícia Civil e pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte nesta segunda-feira (11).
Segundo a delegada Michelle Porto, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, o suspeito foi reconhecido pelas vítimas sobreviventes.

“Já temos certeza absoluta da autoria dos fatos”, afirmou.
Victor Hugo é servidor da Seap desde 2018 e era lotado no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, localizado no complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal. A pasta informou que abriu uma apuração e que o servidor deverá ser expulso da corporação após o fim do processo.
“Até essa data ele nunca tinha apresentado qualquer histórico de violência, era um servidor comum. Também não tínhamos informação de dependência química. Essa história toda deve ser esclarecida no decorrer do inquérito policial”, afirmou o secretário de Administração Penitenciária, Pedro Florêncio, ao g1.
Victor Hugo foi preso em flagrante por sequestro na noite de sábado (9) em Pernambuco, e segue detido por força de dois mandados – um de prisão temporária e outro de prisão preventiva.
Segundo a Polícia Civil, em depoimento às autoridades policiais de Pernambuco, o homem preferiu ficar calado. A polícia ainda não sabe quando ele será transferido para o Rio Grande do Norte.
Vítimas
As vítimas assassinadas foram o motorista por aplicativo Marcelo Cavalcanti de Medeiros Silva, de 27 anos, morto por volta das 2h de sábado perto da Rodoviária de Natal, no bairro Cidade da Esperança; e o técnico em eletrotécnica João Victor Queiroz Munay Dantas, de 21 anos, baleado dentro de casa no conjunto Cidade Satélite, minutos depois.
A mãe de João Victor Munay também foi baleada no braço. O policial penal ainda é suspeito de outros crimes na sequência, como assalto e sequestro de um homem.
“No hospital, a mãe de João Victor reconheceu sem sombra de dúvida, através de fotografia, a pessoa a de Victor, o policial penal, como autor desses fatos”, disse a delegada em entrevista à Inter TV Cabugi.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (11), a Polícia Civil afirmou que ainda apura o que teria motivado a série de crimes.
A delegada Michelle Porto disse que a polícia ainda não sabe se o suspeito conhecia o motorista por aplicativo, mas declarou que ele não tinha relação com as demais vítimas.
“Nos locais de crime, todas as pessoas que testemunharam e reconheceram a pessoa disseram que ele agiu com requintes de crueldade. Inclusive uma criança de 10 anos disse que ele ameaçava matar todos”, disse.
Sequência de crimes
Segundo a delegada, o primeiro crime aconteceu por volta das 2h da madrugada do sábado (9). O suspeito estaria em um carro com o motorista por aplicativo Marcelo Cavalcanti de Medeiros Silva, de 27 anos, quando teria atirado contra o profissional, jogado o corpo para fora e fugido com o veículo da vítima, modelo Ford Ka.
Cerca de 20 minutos depois, houve o segundo crime: após abandonar o carro, o homem invadiu uma casa no conjunto Cidade Satélite e roubou uma motocicleta. Nesse imóvel, ele baleou outras duas pessoas.
“Ele abandonou o veículo e foi atrás de outro automóvel para se evadir. Ele não conseguiu ligar a moto e já entrou na casa atirando e ameaçando matar todas as pessoas que lá estavam”, afirmou a delegada.
No local, o suspeito teria atirado três vezes contra João Victor Queiroz Munay Dantas, de 21 anos e uma vez contra a mãe do jovem, que foi atingida no braço. “Mesmo baleadas, as vítimas ajudaram ele a ligar a moto”, disse a delegada.
As vítimas foram socorrida ao Hospital Walfredo Gurgel, mas João Victor não resistiu.
Depois da fuga, o homem ainda teria abandonado a moto e realizado outro assalto, fugindo com uma caminhonete.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte ainda não esclareceu em que momento e onde o suspeito teria abordado um homem, feito refém de um sequestro e liberado pela polícia de Pernambuco na noite de sábado (9), no momento da prisão em flagrante.
Para a delegada, possivelmente o servidor público do Rio Grande do Norte buscou o outro estado nordestino para se refugiar. Ainda de acordo com ela, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foi a todos os locais de crime para realização de perícia, que poderá ajudar nas investigações.
Postado por Blog Cardoso Silva
Categorias: Policial, RN
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